SIMPÓSIO TEMÁTICO 15 – CONTEMPORÂNEIDADES E RESÍDUOS DO CORPO

Data: 15/06/2018
Horário: 8h às 12h
Local: 250 CCEA
Coordenação: Profa. Patricia Peterle (UFSC)

Relegado por séculos às margens de certa tradição cultural, o corpo no século XX tem um papel central nas artes e, em especial modo, na literatura. Desde o final do século XIX, depois com o amadurecimento de perspectivas científicas e culturais – inclusive em relação à psicanálise –, a ideia de corpo toca e modifica a ideia de sujeito e leva a discussões de algumas certezas e valores tidos como absolutos. No sentido nietzschiano, a reflexão sobre a Modernidade é inseparável de uma reflexão sobre a estética. A estética, como ciência da beleza, da subjetividade e da sensibilidade, problematiza o homem livre para agir; um ethos necessário nas relações que vão sendo tecidas. Falar de arte e estética é falar também de questões que se encontram na partilha do sensível, que organiza a distribuição do espaço e do tempo, dos modos de fazer, de ser e de pensar. Como tratar os traços, os indícios, as possíveis leituras, as ressemantizações do corpo em algumas manifestações literárias, privilegiando o marco temporal do século XX e XXI? A proposta desse simpósio é a de pensar o corpo e seus elementos residuais, suas ruínas físicas e existenciais. Enfim, o corpo como elemento essencial nas nossas relações, afetividades e sensibilidades.
Palavras-chave: Corpo. Literatura. Resíduos. Contatos. Ethos.

Comunicações:
Versos e corpos dilacerados: diálogos entre Levi e Caproni
Helena Bressan Carminati

“Caproni e Fiori”: memória como resíduo do corpo
Agnes Ghisi

O corpo que chama
Letícia Elena Lemos

O corpo feminino após a experiência da guerra: um olhar à poesia de Giorgio
Caproni
Fabiana Vasconcellos Assini

Sob “visão 1961”: As sensações pendiam para fora da alma
Pedro Martins Cruz de Aguiar Pereira

O corpo, o cotidiano e as suas interações nas poesias de Enrico Testa
Luiza Kavisko Faccio

O corpo e a guerra na poesia de Levi e Sereni
Alexandra Dimitria Perdona e Caorline Elaine Welss

Leonardo Sciascia: o corpo da máfia
Mariele Lúcia Tortelli

Soltar as amarras, para a poesia
Maria Aparecida Barbosa

Derrida e Fortini na casa coletiva de Davi Kopenawa
Tatiara Pinto