Letteratura, arte e Pensiero Italiani Contemporanei (CNPq 436185/2018-0)
Le ricerche nell’ambito del NECLIT sono informate da un’idea di contemporaneo che non riguarda una categoria cronologica o un inquadramento sinottico della letteratura, ma piuttosto un approccio critico-teorico che vede nell’opera un montaggio dialettico di tempi, un flusso in costante movimento di pensieri e linguaggi, a prescindere dal periodo di produzione dell’oggetto considerato. Si vuole così privilegiare un metodo di analisi che punti alla messa in discussione di una visione storicistica, tassonomica e assertiva dei testi, potenziando al contempo i loro momenti di discontinuità, shock, fratture. In questo modo, lo spazio letterario è visto in apertura e dialogo con statuti di temporalità differenti e, simultaneamente, in controluce rispetto alla sua epoca. I riferimenti teorici che orientano le ricerche e l’interazione tra i vari studiosi vanno, fra gli altri, da Nietzsche a Benjamin, da Blanchot a Foucault, da Agamben a Didi-Huberman. È in quest’ottica che sono lavorati, spesso in una prospettiva comparata, alcune opere, autori e movimenti della letteratura italiana.
Literatura, arte e pensamento italianos contemporâneos
A projeto é fruto de uma série de articulações que vêm sendo desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Literatura (PPGLit) e no Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE) da Universidade Federal de Santa Catarina, a partir de uma atenção particular para publicações e produções que perpassam tanto pelo campo literário quanto por um campo mais ensaístico e filosófico. Nessa perspectiva, a literatura é vista um espaço de inoperosidades, de potencialidades, pois desativa as funções mais pragmáticas e comunicativas da língua. Tal suspensão abre para um novo uso e é, nesse sentido, uma exposição da potência de dizer, um trabalho sobre si, que é também resistência (pathos, éthos, político). Pensa-se em Giorgio Manganelli e as experimentações do Grupo 63 em relação à linguagem; na visão niilista e pessimista do último Giorgio Caproni e do último Vittorio Sereni; ou nos elementos de certo cotidiano, de certo comum (o ordinário que se torna extraordinário) que são trazidos por meio de rastros, formas residuais inerentes ao próprio estar no mundo. A escrita, ainda que muito diferente, de autores como Gianni Celati, Michele Mari, Emanuele Trevi, Antonella Anedda, Maria Lai, Maria Grazia Calandrone, Valerio Magrelli problematiza algumas dessas relações significantes em suas insignificâncias.
O literário é, portanto, lido também como operação na e com a linguagem. Em 2019, esse projeto contou com o apoio do Edital Escola Altos Estudos da CAPES (88881.198177/2018-01) e do Edital Universal do CNPq (436185/2018-0).
Faz parte desse projeto a tradução de alguns textos de Giorgio Agamben, Roberto Esposito, Franco Rella, Giorgio Caproni, Eugenio De Signoribus e Michele Mari.
Dois resultados ainda desse projeto são a série audiovisual Krisis-Tempos de Covid-19, que contou com a participação de intelectuais, escritores, poetas e filósofos, e a publicação em livro com o apoio do Istituto Italiano di Cultura de São Paulo.
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