Resenha “L’Italia Tradotta” por Kelvin Klein
O livro L’Italia tradotta, organizado por Andrea Santurbano e Patricia Peterle, professores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), e por Alejandro Patat, professor da Università per Stranieri di Siena (Itália) e da Universidad de Buenos Aires (Argentina), é fruto de um congresso realizado no Rio de Janeiro, em 26 de agosto de 2024, no Istituto Italiano di Cultura, que também apoia a edição. O evento faz parte de uma iniciativa mais ampla: um projeto de cooperação internacional intitulado “Conectando Culturas”, financiado pelo CNPq, que é, por sua vez, um desdobramento das atividades já tradicionais do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Língua e Literatura Italiana (NECLIT), vinculado ao Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras e ao Programa de Pós-Graduação em Literatura do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC. Entre as várias iniciativas dignas de nota do Núcleo, está a produção, manutenção e atualização do Dicionário Bibliográfico da Literatura Italiana Traduzida no Brasil (www.dblit.ufsc.br/), ferramenta de pesquisa que extrapola os limites do mundo.
O volume se encerra com um posfácio de Marco Marica, diretor do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, que destaca a importância da iniciativa do evento de colocar em debate, pela via da tradução, a presença da literatura italiana nas culturas latino-americanas. Esse é, sem dúvida, o tom geral do volume, mas sua contribuição mais relevante está no modo como os artigos, restritos a seus horizontes argumentativos, dão mostra da riqueza do panorama de pesquisa no que diz respeito aos atravessamentos culturais entre Itália, Brasil e Argentina. Em cada capítulo, reconhecemos não apenas os fatos e as informações, mas também as feições específicas de cada investigação, os percursos únicos de pesquisadoras e pesquisadores através das questões que movimentam, dia após dia, seus trabalhos. Essa variação de experiências e pontos de vista condensada no volume L’Italia tradotta, de resto, condiz com aquilo que esperamos da própria ideia de “universidade”: uma comunidade fundada na troca e na diferença.
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